sábado, 26 de fevereiro de 2011

Delírios de uma drogada

Quantas vezes as expectativas foram tidas como uma gota no oceano, mas nem por isso os sonhos foram deixados de lado, mesmo que seja estúpido, redundante e ridículo quanto mais nos iludimos mais sentimos vontade de sentir aquele sentimento bobo novamente e mais uma vez nos enganamos ou apenas mergulhamos em nossa própria impossibilidade, no fim voltamos ao começo e o coração se aperta trazendo lágrimas como conseqüências; uma música, um gesto, um lugar, um sorriso, um perfume, tudo traz á tona tudo o que nunca foi esquecido, apesar de ser clichê, tem um vasto sentido, daí que o velho sentimento melancólico renasce, mas quando se chega perto da morte almeja-se pela vida. Meus equívocos me causam transtorno, minhas palavras me falham elas pedem pela chave mas não recordam-se de que as mesmas me pertencem e eu as controlo, as recordações nas fotos, as melodias que se tornaram espontâneo e sincera mente vazias, o encanto preso nos portas-retratos, e o cheiro de sabonete caro na camiseta que fora dada de presente em uma noite de saudades e sorrisos, a paz e o desespero e o óbvio atormentador, a dúvida e o dormir.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Apaguei de minhas íris todo o seu reflexo, porque a rua tão em si fez cair sua última estrela sobre meus olhos, destruindo sentimentos ruins, neutros, trazendo sorrisos, o obvio e a normalidade não são amigos, a vida não é uma simples alucinação como eu esperei ela é tudo aquilo que eu sempre vivi, porém sem o meu quarto, pessoas normais são bem mais interessantes que pessoas diferentes, família é tudo o que uma pessoa precisa, o rasgar de um coração é tão simples quanto descobrir uma equação sem raiz real, a futilidade vai nos acompanhar sempre, palavras são apenas ilusões na maioria das vezes, pensamentos não são tão importantes, verdades são difíceis, luxúria está presente no beijo, mentira é a máscara preferida da maioria dos seres humanos.

Dirigindo calmamente por aquelas ruelas, observando tudo, sem conseguir entender por que a brisa morna da tarde de verão renasce tudo, ao som de Girls - Phil Collins, e trazendo tudo novamente à tona, sabendo que o desfecho horrível de sua noite a aguarda, mergulha no seu sonho uma, duas, três, mil, um milhão e nenhuma vez, agradece por ter o lindo prazer de ter uma ou duas horas de felicidade por dia, arrepende-se de ter formulado algumas dúvidas, odeia sua alma ou talvez sua consciência, venera o criador de todas as coisas, derrama-se sobre o infinito, olha para ele e eis que uma lágrima escorre sumindo pela imensidão levando consigo mais um capítulo de uma enciclopédia ambulante, corpo vulnerável, pessoas correndo, garotos na saída da escola, janela dos ônibus, olhos cansados, crianças, submissão, Hollywood, fama, drogas, alegria, satisfação, intolerância, alegria, amor, paz , solo de guitarra... Rock ‘n’ roll.