quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Na ponta do olho


Quando todos se foram e eu fiquei sozinha, aprendi, aprendi a ficar mansa, desesperei e depois amansei, chorei, depois que as lágrimas se foram, elas nunca mais foram capazes de voltar, apenas uma lágrima ficou na ponta do olho e permanece lá, na dúvida de ir embora ou permanecer no lugar onde está, aprendi a ouvir, através do silêncio, as perguntas da minha alma e as respostas que o próprio silêncio trazia, o real sentido da paciência, tolerância e tortura, retirei as 15 mascaras e as joguei no esgoto, os ratos devem estar se divertindo agora com elas, apaguei todo o esboço de vida que havia esboçado até agora e recomecei, a lágrima? Nunca desceu. As pessoas? Voltaram e outras lágrimas desceram, mas aquela continua presa... na ponta do olho.

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